PARA PROFISSIONAIS
Perguntas e Respostas
É o estudo científico das relações dos dentes com o organismo humano como um todo. As pressões culturais a que fomos submetidos causaram inúmeras deformações em nossa mastigação e outros processos – é o preço da adaptação do organismo a novos modos de vida. Assim, o momento exige uma intervenção holistica , que recupere a possibilidade funcional completa do ser humano.
Consiste na compreensão que, partindo da análise da boca, verifica a interação desta com o todo, com o sistema orgânico. Num sistema em funcionamento, atuam várias e diferentes forças internas ou externas. Justamente por ser um sistema integrado, o desempenho de um componente pode afetar não apenas a organização, mas todas as partes interessadas.
É também um conjunto de técnicas, articuladas sob o principio da unidade. A Odontologia Sistêmica compreende que as alterações no aparelho bucal repercutem no todo, e vice-versa. Assim, não trata as partes isoladamente, mas procura envolver, em sua prática, o organismo, considerando todas as suas instâncias integradas e inter-relacionadas.
Como exemplos podemos citar:
O oxigênio que aspiramos se espalha pelo organismo por difusão, via circulação sanguínea. No entanto, a ausência de vedamento labial pode significar perda em até 40% de oxigênio nas células, acarretando diferentes prejuízos ao organismo.
Já uma das mais recentes especialidades da odontologia, a ortopedia funcional dos maxilares, tem como conceito a funcionalidade dos órgãos.
Sim, utilizando as terapêuticas de ortopedia funcional dos maxilares, ortodontia e reabilitação oral e, em casos pontuais, a cirurgia ortognática.
Como a ATM possui cartilagem secundaria, podemos remodelar o côndilo, em sua função, por meio da recuperação da quarta dimensão bucal (espaço funcional lingual, ou seja, o espaço no qual ela deveria se acomodar e trabalhar, dentro da boca) e da liberdade de movimentos mandibulares.
O ideal em casos mais complexos é a atuação interdisciplinar com os médicos e fisioterapeutas.
A língua é constituída de tecidos moles e trabalha no espaço bucal. O estreitamento de seu espaço de movimentação a submete a comprimir os ductos salivares, reduzindo diâmetros e aberturas da passagem de ar. Isso compromete o fluxo de ar para os pulmões, causando hematose na circulação sanguínea e induzindo acidez na saliva. Além do mais, com menor quantidade de armazenamento da saliva, as glândulas sofrem redução de tamanho, o que acentua a acidez.
O tratamento bucal atua na descendência postural e o da fisioterapia, na ascendência. O ideal é que o diagnostico e o planejamento combinem ambas as terapêuticas.
A detecção do problema se dá pela constatação de perda do espaço funcional, curva de Spee e Wilson, prognatismo e retrognatismo, mordida aberta e cruzada, ausência de guia de incisivos e caninos e perda óssea.
Qualquer paciente que apresente dor não diagnosticada por outras disciplinas deve ser avaliado por um dentista.
Nosso cérebro é um comparador central que emite e recebe sinais nervosos. Já nossos dentes são comparadores periféricos. A sistêmica é um conceito que utiliza a odontologia e determina qual a sequencia técnica da intervenção interdisciplinar. Daí, busca-se a integração, com o objetivo de se obter a mesa oclusal com curvas de compensação e liberdade de movimento mandibular.
O foco do tratamento é a função da boca. No entanto, é óbvio que quanto mais equilibrada estiver boca, melhor a expressão facial. É importante lembrar que a mordida inadequada causa hipertrofia e hipotrofia dos músculos faciais e, consequentemente, assimetrias faciais. Os arcos dentais, as parábolas, a anatomia funcional e as bases ósseas determinam a estética facial, inclusive a proporção áurea, ou seja, a relação ente o terço médio e inferior da face.
As gengivas podem sangrar por muitos motivos, dentre eles as doenças periodontais (gengivite e periodontite). Já a gengivite é uma inflamação da gengiva, causada pela placa bacteriana, aderida à superfície dos dentes quando a higiene da boca não é realizada de forma adequada.
Na falta dos cuidados diários de praxe, a gengivite pode evoluir para a periodontite, uma doença que compromete todos os tecidos ao redor do dente (periodonto) e que promovem sua sustentação. Isso provoca a reabsorção óssea, retração da gengiva, mobilidade e perda dentária.
Também é importante destacar que, além dos fatores locais, a periodontite age como fator de risco para as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, gastrite crônica, úlcera duodenal parto prematuro e de bebês de baixo peso.
O avanço das técnicas, como os aparelhos autoligados, as cerâmicas de alta fusão e os implantes permitiram aos profissionais de odontologia um desenvolvimento significativo nos tratamentos, que se mostram hoje mais precisos, menos invasivos, mais rápidos e com muito mais qualidade.
A ortopedia funcional dos maxilares para crianças é um tratamento preventivo. A dentição decídua (de leite) permite esse tipo de tratamento. Além disso, é uma fonte metabólica de crescimento que permite diagnosticar disfunções e prevenir doenças. Crianças a partir dos 3 e até os 6 anos já podem ser tratadas com grande eficiência, utilizando-se esses procedimentos.
A Ortopedia Funcional dos Maxilares é também um tratamento interceptativo para adolescentes, que apresentem dentes decíduos e permanentes. Nessa fase, a correção ainda é possível, evitando cirurgias e recursos invasivos. Em um grupo de crianças de 7 a 14 anos, quase que a totalidade vai desenvolver más oclusões dentárias e até esqueletais.
Nessa parceria, podemos ter médicos de várias especialidades, como ortopedia, neurologia, homeopatia, otorrinolaringologia -, além do metabologista, do fisioterapeuta, do nutricionista, psicólogo e do acupuntor. Ou outros, de acordo com o caso.